6.3.11

COLONIZAÇÂO INTERNA Emiti uma opinião sobre um facto .Isso de subserviência e arrogância só o vincula a si E vou responder-lhe com toda a cordialidade , dando o assunto por encerrado
Efectivamente sou de origem rural ,de uma aldeia alentejana , e com muita honra .Os desmandos que enuncia , lamentáveis , como é óbvio , não são o paradigma do “homem do Alentejo “ caracterizado por pacifico e ordeiro
Agora imagine-se na situação deles :-- Numa aldeia , nascido no seio duma família miserável , sub-alimentada, pontapeado por toda a gente ,com reduzidas hipóteses dela se libertar ! Não o cometeria desmandos ? .Sem violência , pela mão das forças armadas lá foram ocupando .Pela mão da GNR la foram abalando. Isto é inédito
Noutros locais , quando as comunidades autóctones se organizam para a substituição dos senhores da terra não se ficam pelo abate de touros nem espezinhar fotografias Abatem famílias inteiras .Sei do que falo porque estou aqui só por um triz
Mas que a solução seria a instalação de agricultores /povoadores , individuais e efectivos , mantenho .O Alentejo estaria povoado por famílias autóctones em vez de largas áreas subaproveitadas outras vendidas aos nossos vizinhos espanhóis A produção agrícola seria incomparavelmente maior a a nossa soberania estaria mais acautelada
Para documentar esta afirmação ,exemplifico ;--
Regressei a Portugal , em 1977 ,depois de 25 anos consecutivos em África Trouxe a camisa e os títulos de propriedades que lá deixei .Perante isto , Sá Carneiro , mandou que me fosse concedida terra .De uma UCP foi desanexada uma pequena herdade , muito má , onde me instalei até hoje . Não imagina os problemas porque passei quer por parte dos membros da UCP que frequentemente me insultavam ,quer com questões jurídicas por parte dos advogados do dono (um brasileiro) tendo sido julgado, três vezes , pelas mais torpes acusações
Ali me mantive até hoje tendo uma manada de vacas , um rebanho de ovelhas e umas centenas de porcos alentejanos ; um parque de maquinas considerável .Nela criei , nos mais sãos princípios rurais , cinco filhos três dos quais licenciados , todos adultos e com empregos estáveis
Sendo eu um trabalhador rural alentejano , tal como os que incorporaram as UCP ., não lhe parece que se lhes fosse dada oportunidade , uma percentagem deles não seria como eu ou ,quiçá , melhor ?
Recomendando-lhe alguma prudência quando aborda uma questão ,como esta , de tanto melindre Francisco Pandega

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