28.3.11

EM AGRICULTURA já foi tudo inventado . Impõe-se , a cada agricultor ,seleccionar ,adaptar e aplicar , caso a caso ,época a época , o sistema adequado á tipologia da sua exploração Esta , se bem que se paute pelas regras do mercado , das exigências dos consumidores ,tal como as outras actividades económicas , é acrescida das condições edafo-climáticas da região e , numa malha mais fina da própria exploração

Com tal complexidade melhor se compreende a ignorância e os erros de gestão , especialmente quando partem de gabinetes que não resistem a tentação de aplicar , á nossa realidade , sistemas , bem sucedidos noutras regiões , mas que , aqui , se revelam desastrosos .
A nossa agricultura tradicional , vista com sobranceria pelo comum dos cidadãos , é alvo de criticas por parte de quem , não a entendendo e ainda não tendo provando que sabe fazer melhor , permite-se dar palpites Daí que ,tantas vezes empolados pela comunicação social, se exaltem fórmulas inadequados em relação as quais , nós , os que cá andamos há muito ,não nos enganamos quando lhe prognosticamos um triste fim

20.3.11

Pode vir a faltar dinheiro para os pagamentos imediatos .O governo obteve ,da UE , um financiamento , tendo que, para o efeito , proceder a alterações no PEC. Tal como um empréstimo a bancário ,há dois actos cuja ordem é aleatória :- Obter a aceitação e depois entregar os avales ou vice .versa . A oposição entende que não. Desta forma incorre no risco de arcar com os danos de tal teimosia

12.3.11

No Alentejo, a concessão da terra , era por aforamento, lei em uso , desde tempos imemoriais , ate ao 25 de Abril /74 Ainda hoje , cada aldeia tem os seus foros , courelas individuais a partir da partilha dos baldios .A terra era atribuída a quem e enquanto a trabalhasse Daí que o “homem do Alentejo” face ás gritantes injustiças fundiárias , ainda hoje clame “ a terra a quem a trabalha “

6.3.11

COLONIZAÇÂO INTERNA Emiti uma opinião sobre um facto .Isso de subserviência e arrogância só o vincula a si E vou responder-lhe com toda a cordialidade , dando o assunto por encerrado
Efectivamente sou de origem rural ,de uma aldeia alentejana , e com muita honra .Os desmandos que enuncia , lamentáveis , como é óbvio , não são o paradigma do “homem do Alentejo “ caracterizado por pacifico e ordeiro
Agora imagine-se na situação deles :-- Numa aldeia , nascido no seio duma família miserável , sub-alimentada, pontapeado por toda a gente ,com reduzidas hipóteses dela se libertar ! Não o cometeria desmandos ? .Sem violência , pela mão das forças armadas lá foram ocupando .Pela mão da GNR la foram abalando. Isto é inédito
Noutros locais , quando as comunidades autóctones se organizam para a substituição dos senhores da terra não se ficam pelo abate de touros nem espezinhar fotografias Abatem famílias inteiras .Sei do que falo porque estou aqui só por um triz
Mas que a solução seria a instalação de agricultores /povoadores , individuais e efectivos , mantenho .O Alentejo estaria povoado por famílias autóctones em vez de largas áreas subaproveitadas outras vendidas aos nossos vizinhos espanhóis A produção agrícola seria incomparavelmente maior a a nossa soberania estaria mais acautelada
Para documentar esta afirmação ,exemplifico ;--
Regressei a Portugal , em 1977 ,depois de 25 anos consecutivos em África Trouxe a camisa e os títulos de propriedades que lá deixei .Perante isto , Sá Carneiro , mandou que me fosse concedida terra .De uma UCP foi desanexada uma pequena herdade , muito má , onde me instalei até hoje . Não imagina os problemas porque passei quer por parte dos membros da UCP que frequentemente me insultavam ,quer com questões jurídicas por parte dos advogados do dono (um brasileiro) tendo sido julgado, três vezes , pelas mais torpes acusações
Ali me mantive até hoje tendo uma manada de vacas , um rebanho de ovelhas e umas centenas de porcos alentejanos ; um parque de maquinas considerável .Nela criei , nos mais sãos princípios rurais , cinco filhos três dos quais licenciados , todos adultos e com empregos estáveis
Sendo eu um trabalhador rural alentejano , tal como os que incorporaram as UCP ., não lhe parece que se lhes fosse dada oportunidade , uma percentagem deles não seria como eu ou ,quiçá , melhor ?
Recomendando-lhe alguma prudência quando aborda uma questão ,como esta , de tanto melindre Francisco Pandega
UM GOLPE FATAL --O ultimo golpe sobre AlentejoAgroRural foi desferido pelo governo de 1985/95.O Alentejo estava ocupado por UCP (Unidade colectivas de Produção , cuja inviabilidade sócio-económica é , por demais , conhecida Nela trabalhavam rurais validos a quem , se se lhe tivessem dado oportunidade , seriam pequenos agricultores validos e efectivos caminhandos para mais altos voos .Mas não :-- As terras foram devolvidas aos ex- proprietários e os trabalhadores encaminhados para apoios sociais .Foi cortado um ciclo que jamais se recupera
O AlentejoAgroRural não esta a contribuir como poderia e deveria , para a superação da crise nacional , porque a sua comunidade rural autóctone está afastada da usufruição do seu espaço rustico tradicional .
Isto teve inicio nos anos seguintes ás invasões francesas , ao surgir ,em Lisboa , uma burguesia enriquecida , designada por devoristas, que o adquiriram e ocuparam,até hoje . Usando a força e ignorando a existecia dos foreiros que as exploravam segundo o direiros de aforamento em vigor
Inverter a situação e repor os direitos dos povos sobre os seu espaço ancestral ,é a solução sócio-económica e a forma de preservar a soberania F.P.
F.B- 04.03.2011---REGIÃO --A individualização do AlentejoAgroRural é indispensável como forma de o desenvolver .Daí que ,se as informações do referendo forem adversas , melhor será suspende-lo .Contudo , importa prosseguir , no sentido da descentralização administrativa , sobretudo no domínio agrícola e suas sinergias , assim como na remoção dos direitos fundiários de duvidosa legitimidade, que aqui abundam